Guarujá terá primeiro museu subaquático marítimo do Brasil

O secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, Roberto de Lucena, aproveitou o 1º Encontro do Turismo Metropolitano da Baixada Santista, organizado pela ACS, que aconteceu nesta segunda-feira (30), para anunciar a criação do primeiro museu subaquático de água salgada do Brasil. Segundo Lucena ele será no Estado de São Paulo. “Nos próximos dias vamos divulgar a cidade que vai abrigá-lo. Já foi autorizado pelo governador. São dez do gênero no mundo”, declarou. Há cerca de dez dias, o prefeito Farid Madi, em suas redes sociais, se adiantou e revelou que o museu seria em Guarujá e o classificou como “vanguarda no ecoturismo”.

A informação foi confirmada pelo secretário de Turismo do Guarujá, Aildo Rodrigues Ferreira, em entrevista exclusiva ao Jornal da Orla, na segunda-feira. “Nós estamos muito felizes. É uma tratativa que estamos realizando há algum tempo com o Governo do Estado. Teremos a alegria em trazer a atração para o nosso município. Guarujá será a primeira cidade do Brasil a ter esse tipo de equipamento turístico”, destacou o secretário.

A expectativa que a inauguração seja no próximo dia 4 de outubro. “O investimento é do Estado. A contrapartida da Prefeitura é a destinação da área. A Secretaria Estadual de Turismo identificou na costa de Guarujá cinco pontos para colocar o museu subaquático. Entre os escolhidos, a maior expectativa é que seja em área próxima à Ilha dos Arvoredos.

A profundidade em que ficarão as esculturas submersas será de 10 a 12 metros”.

Ferreira informou ainda que o escultor já foi contratado e o planejamento das obras de arte está sendo feito.

MUSEUS

O Brasil já tem um museu subaquático num rio, em Bonito (MS). Inaugurado em 2021, o Museu Nascente Azul é o primeiro do mundo em água doce e tem como proposta a integração da natureza com a arte, levando o visitante a descobrir as esculturas através do mergulho com cilindro.

Pelo mundo, existem vários museus subaquáticos. Alguns exemplos incluem o MUSA em Cancún, México, conhecido por suas esculturas submersas; o Museu Atlântico em Lanzarote, Espanha, com esculturas de figuras humanas; e o Museu Subaquático de Cannes, na França, que apresenta retratos tridimensionais de moradores locais, entre outros. No caso do MUSA, além das esculturas de arte moderna, o complexo que tem 500 obras, ajudou a recuperar o ecossistema marinho, criando recifes artificiais, no lugar dos naturais que foram destruídos após o furação Wilma, que atingiu o México, em 2005.

ENCONTRO

O 1º Encontro do Turismo Metropolitano da Baixada Santista contou com a presença de autoridades do Governo do Estado de São Paulo, de cidades da região e representantes do setor. O vice-governador Felício Ramuth vinculou o crescimento do turismo aos investimentos em infraestrutura e segurança pública. Ele mencionou obras previstas para a região, incluindo a terceira pista da Rodovia dos Imigrantes, o túnel imerso Santos-Guarujá e o leilão para balsas eletrificadas nas travessias. Ramuth também citou a redução dos indicadores de violência. “Essa queda deve ser acompanhada pela sensação de segurança por parte das pessoas, que são fundamentais para o turismo”.