EDNA SUMAN VOLTA AO FUNDO SOCIAL E FALA SOBRE AS SUPERAÇÕES E NOVOS PROJETOS
Primeira-dama, presidente do Fundo Social de Solidariedade de Guarujá, presidente do PTB na Cidade e avó do Gabriel, Edna Suman, em entrevista exclusiva ao Jornal da Cidade, fez uma análise dos quatro primeiros anos à frente da instituição, falou sobre novos projetos, pandemia, demonstrou otimismo com a vacinação, e o desempenho do PTB nesta eleição.
Jornal da Cidade – Depois de quatro anos como a senhora avalia a atuação antes deste período de pandemia e atualmente?
Edna Suman – Eu ganhei experiência, apesar de ser uma pessoa solidária eu nunca estive a frente de um trabalho social. Conquistamos credibilidade com comerciantes e empresários de Guarujá e Vicente de Carvalho e aos poucos fomos tocando o trabalho. Encerrei os quatro anos com a sensação de dever cumprido. As vezes nem eu mesmo acreditava nos avanços que estavam sendo feitos, foram 10 anos sem a presença de uma primeira-dama à frente do Fundo Social, tivemos que resgatar festas, baile e jantares beneficentes. Contamos com a solidariedade da população, com o trabalho da equipe, com apoio do secretariado da Prefeitura.
Gostaria de ressaltar o apoio do Welinton Andrade (colunista do JC), meu parceiro, pelos conselhos, tenho que reconhecer essa parceria.
Nunca vou esquecer aquele março de 2020, um choque aquela tragédia, quando precisamos ir além das cestas básicas. Naquele momento levamos o nosso abraço solidário aos bairros. No momento da tragédia das chuvas, quando ocorreram os deslizamentos e soterramentos nos morros, conseguimos doar R$3 milhões do fundo Social para aproximadamente 33 mil cestas básicas e ajudar as famílias vítimas da tragédia.
Esse dinheiro foi resultado de todos eventos do fundo social (festas, jantares beneficentes...), que só havia sido mexido para a compra de uma van. Para a compra tivemos que ter a aprovação e acompanhamento do Ministério Público para mexer com esse fundo. Esse dinheiro veio como uma salvação.
JC – Na sequencia veio a pandemia...
ES – Tínhamos vendido 80% dos convites do Baile da Cidade, tivemos que devolver o dinheiro. Paramos os eventos, paramos os cursos de empreendedorismo, paramos curso de panificação, ainda assim continuamos atendendo as 80 associações cadastradas no Fundo Social, durante todo o ano de 2020.
JC – O Fundo Social já começou o ano com um novo projeto, a campanha “Adote uma família”, do que se trata?
ES – Esse é um projeto que criamos de imediato, para dar um start em 2021. Cada pessoa que quiser participar pode “adotar” uma família com uma cesta básica mensal, mas quem não tiver condições, pode doar alimentos na quantidade que puder – tipo 1kg arroz, 1kg de feijão, etc... Se todos abraçarem este projeto não vai faltar comida na mesa de ninguém.
Outra novidade é a entrada para o Mirante das Astúrias, haverá um portal onde as pessoas para terem acesso ao local devem doar 1 quilo de alimento para o Fundo Social.
JC – O resultado do prefeito nas urnas, a senhora acredita que a parte social tenha contribuído?
ES – Com certeza. Na primeira eleição, o eleitorado do Válter era formado por pessoas mais próximas a ele, que tinha acesso a ele, enquanto médico. Com o trabalho realizado na parte social ficamos mais próximos da população mais carente, essa proximidade virou gratidão e reverteu em reconhecimento.
JC – Com a pandemia, as dificuldades que os comerciantes estão enfrentando tem afetado o Fundo Social?
ES – Eu não tenho coragem de procurar muitos dos comerciantes que me ajudavam no Fundo Social (o Luiz do Chopp Halle e o Luiz e o Alex do Avelino ´s, entre outros).
Agora, mais uma vez, vem a determinação de fechar tudo e retroceder. Eu acho um absurdo. Acredito que tem que ser analisado por região, a nossa estava em uma fase de recuperação, melhorando, essa análise na totalidade prejudica empresários e comerciantes, gera desemprego e prejudica o Fundo Social.
JC – A vacinação contra a Covid-19 está chegando aos poucos, a senhora acredita que haverá mudança?
ES – Eu acredito na vacinação, na minha casa todos tivemos Covid, estamos neste momento esperando nossa vez de vacinação, o Válter Suman é médico mas não está na linha de frente, por isso é necessário priorizar quem mais precisa. Quando chegar minha vez estarei lá. Eu tenho que acreditar que algo vai mudar esta realidade, é importante que as pessoas continuem com a consciência de que precisam usar máscaras, álcool em gel e manter o distanciamento. Assim vamos vencer.
JC – Em relação à campanha eleitoral, o PTB que a senhora preside, elegeu três vereadores, a maior bancada da região.
ES – Quase elegemos quatro, faltaram apenas 15 votos. Meu pai sempre esteve envolvido em política, cansei de ouvir debates em casa. Quando o Válter (Suman) foi candidato pelo PSDC partido presidido pelo Welinton Andrade, poucos acreditavam nas chances dele se eleger, eu acompanhava as reuniões e prestava atenção, com isso fui aprendendo.
Para construir o PTB eu mantive minha palavra que não teríamos vereadores com “cadeira”, tentando reeleição, eu apanhei por conta disso, muitos passaram por cima de mim para falar direto com o prefeito, mas eu mantive minha palavra até o fim e isso é o mínimo que um líder deve ter: palavra e mantê-la.
JC - A senhora viabilizou a delegacia da mulher na cidade. Tem algo de novo no segmento?
ES – Eu realmente sempre destaco esse importante equipamento. Digo para as mulheres que são vítimas de todos os tipos de abusos, busquem seus direitos. Hoje temos uma delegacia confortável, aconchegante, onde as mulheres que buscam o atendimento são acolhidas e atendidas por profissionais mulheres. Está em andamento a criação de uma casa de acolhimento para estas mulheres. Com isso, vamos ampliar a proteção para essas mulheres vítimas de violência.
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