MP PEDE INTERDIÇÃO TOTAL DA PONTE DOS BARREIROS, EM SÃO VICENTE
O prazo dado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para início de obras de restruturação na Ponte dos Barreiros, em São Vicente, terminou dia 15 de julho e nada novo foi feito na estrutura. Há anos a ponte é sinônimo de risco aos usuários e, para garantir a segurança, o Ministério Público (MP) entrou com ação civil pública solicitando a interdição da ponte ou novo laudo que ateste a segurança.
Em janeiro, um laudo do IPT apontou que era necessária uma obra de reestruturação com urgência na ponte que liga a área insular à área continental da cidade, região que conta com cerca de 150 mil habitantes, e a maioria, utilizam o trecho diariamente.
Ainda em janeiro, os técnicos do IPT liberaram o tráfego de caminhões com até dois eixos, que ficou proibido durante um período por conta dos riscos de colapso, mas estipularam um limite de no máximo, 180 dias. A liberação foi dada até que as obras de recuperação da ponte sejam iniciadas. “O processo de deterioração das estruturas de suporte é contínuo e está aumentado o risco à segurança dos usuários", concluiu o laudo do IPT.
O prazo estipulado pelo IPT chegou ao fim e o trecho continua oferecendo riscos aos usuários. Com isso, o MP entrou com uma ação civil pública, solicitando a interdição imediata da Ponte dos Barreiros até a apresentação de um novo laudo do IPT que ateste a segurança da estrutura ou o início das obras de reestruturação.
Segundo o promotor de Justiça Eduardo Gonçalves de Salles, responsável pelo documento, a utilização da estrutura, pelo que aponta o laudo do IPT, oferece perigo à vida e à integridade física das pessoas. Se interditada, moradores da área continental teriam que procurar novos caminhos, muito mais longos, para ter acesso à área insular da cidade. A Prefeitura de São Vicente informou que a Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU) ficou responsável pela contratação de estudo para verificar a atual situação da Ponte dos Barreiros.