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NESTE SÁBADO (14) TEM ORQUESTRA NA PRAIA DE PITANGUEIRAS NO GUARUJÁ SP

A regência é do maestro João Carlos Martins

Espetáculo principal começa às 20 horas, mas a programação

tem início às 18 horas com a Banda do Exército

Um grande espetáculo à beira mar, com música de qualidade e que pretende emocionar quem for prestigiar. Neste sábado (14), a Praia de Pitangueiras em Guarujá será palco da apresentação da Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-São Paulo, sob regência do maestro e pianista, João Carlos Martins.

Esta é a segunda vez que Guarujá receberá esta apresentação. No ano passado, o maestro e Orquestra promoveram um grande show, na sede do Sindicato dos Empregados em Edifícios e Condomínios de Guarujá e Bertioga, no Jardim Las Palmas.

O espetáculo começa às 20 horas, próximo ao Restaurante Avelino´s (apoiador do evento). A Prefeitura solicita que quem for assistir leve sua cadeira de praia. A realização é da FIESP/SESI, em parceria com a Prefeitura de Guarujá, através da Secretaria de Cultura.

Mas a abertura oficial será às 17 horas, com apresentação da Big Band formado pelos músicos da Orquestra Municipal. Na sequência, às 18 horas, é a vez da Banda do Exército, que inicia sua apresentação do Edifício Sobre As Ondas, envolvendo o público com sucessos como “Despacito”, até o local do evento principal. A estrutura começou ser montada na última quinta-feira (12).

No local, também estão sendo instalados banheiros químicos, telões de led, rampas de acessibilidade. Outra medida é a colocação de contentores e sacos plásticos, de forma a incentivar o descarte correto do lixo, mantendo a conservação do local. Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e agentes de trânsito estarão de prontidão para ordenamento no local.

Concerto da solidariedade – A Prefeitura solicita que quem for conferir o evento, faça a doação de 1kg de alimento não perecível (exceto sal e açúcar). Os alimentos poderão ser depositados na tenda e em uma van do Fundo Social de Solidariedade de Guarujá, que estarão próximos ao palco.

Retorno em grande estilo

Depois de terem se apresentado no ano passado, maestro e Osquestra voltam à Cidade, com o intuito de promover um espetáculo memorável. E diferente de 2017, desta vez a Bachiana se apresentará com sua formação completa.

Segundo o secretário municipal de Cultura, Paulo Roberto Fiorotto, “receber novamente esse espetáculo é a certeza de que a gestão Válter Suman vem fazendo um excelente trabalho, tendo reconhecimento de quem é de fora. Foi uma opção dos organizadores voltarem ao Guarujá”, reforça.

A Bachiana é formada por 65 músicos, sendo a maior orquestra de iniciativa privada do Brasil. Seu repertório inclui sinfonias de Bach, Beethoven, Brahms, Tchaikovsky, entre outros, trazendo também algumas melodias mais populares.

O grupo já se apresentou nas mais importantes salas de concerto do Brasil e do exterior. Foi a primeira orquestra brasileira a se apresentar no Carnegie Hall, em Nova Iorque, no ano de 2007, feito repetido no ano seguinte.

A Fundação Bachiana é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 2006 e idealizada pelo maestro João Carlos Martins. A finalidade do projeto é apoiar, incentivar, assistir e promover o desenvolvimento de atividades de excelência e referência na formação musical e cultural, especialmente nas artes clássicas e educação musical. A Orquestra segue realizando apresentações pelo Brasil, levando a música erudita para todas as classes sociais.

O Maestro, uma lição de vida

João Carlos Martins tem lugar único no cenário musical nacional, considerado pela imprensa internacional um dos maiores intérpretes de Bach do século XX. Hoje com 77 anos, iniciou sua carreira como pianista aos 13 e aos 18 anos estreou no exterior.

Em 1965 sofreu um acidente onde seu braço direito foi perfurado na altura do cotovelo, atingindo o nervo ulnar, o que desencadeou a atrofia de três dedos. Por conta disso, ficou por um ano sem tocar. A recuperação foi longa e complicada, fazendo com que o maestro tocasse com dificuldade até os 30 anos.

Após longos períodos de fisioterapia, o maestro voltou aos palcos e, mesmo com a dificuldade, as críticas eras as melhores possíveis. No entanto, novamente foi impossibilitado de tocar o piano devido à distúrbios osteomusculares relacionados aos trabalhos (Dort). Mesmo com mais uma adversidade, não desistiu de sua carreira, fez diversas adaptações e voltou a tocar em 1979.

Em 1995, um novo incidente. Durante um assalto, o maestro foi golpeado na cabeça com uma barra de ferro e a pancada comprometeu seriamente o seu braço direito. Depois de alguns processos cirúrgicos, foi necessário cortar a ligação entre o cérebro e o membro, comprometendo seus movimentos para sempre.

Aos 63 anos, ouviu do seu médico que nunca mais tocaria piano. Nesse momento, morre um pianista e nasce um maestro. Em 2004 iniciou seus estudos de regência. Se apresentou em Nova Iorque, Londres, Paris e Bruxelas. Formou a orquestra Bachiana Filarmônica, trabalhou com jovens carentes dos bairros da periferia de São Paulo. É o único músico brasileiro a possuir sua vida registrada duas vezes, por cineastas europeus.

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